
no gado importado do continente asiático. Os seus pioneiros, pecuaristas da região do
Triângulo Mineiro da segunda década de nosso século, haviam-lhe dado o nome de
Induberaba, utilizado por muito tempo, até a criação do serviço de registro genealógico do
Zebu, em 1936.
Esta raça foi formada pela fusão dos patrimônios genéticos das numerosas raças
indianas, como a Ongole, a Hissar, a Mehwati, a Sindi e as do grupo Misore, além dos Gir e
Guzerá.
Os criadores notaram que se o cruzamento entre Zebus de raças diferentes ao mesmo
tempo que acentuava certas características, como orelhas, barbelas e cupins, dava origem,
também, a produtos mais precoces, de melhor desenvolvimento e mais pesados na idade
adulta. Era a conseqüência benéfica da heterose. Surgia, naturalmente, um novo tipo em que
se destacavam os exemplares de perfil moderadamente convexos, meio termo entre o Gir e
o Guzerá, que predominavam nos centros de criação do Triângulo Mineiro.
O interesse despertado pela nova raça foi enorme, levando quase todos os criadores
a se dedicarem ao novo tipo zebuíno, e se não fosse a perseverança de um pequeno número
de selecionadores, as raças Gir, Nelore e Guzerá teriam desaparecido como grupamentos
étnicos. Nas exposições de Uberaba, como nas revistas técnicas, os artigos e anúncios e a
quase totalidade das ilustrações focalizavam a raça em formação. Somente depois de 1936,
quando foi criado o Registro Genealógico e estabelecidos os padrões raciais, renasceu o
interesse pelas outras raças indianas que, decorridas algumas décadas viriam superar
numericamente o Indubrasil.
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